Transporte de fertilizantes no Porto de Santos ganhará nova operação

Por Redação em 15/03/2024 às 11:35:27

Para atender a demanda de fertilizantes no Porto de Santos, que é a segunda porta de entrada de adubo estrangeiro no Brasil, a Hidrovias do Brasil e a Rumo, ambas empresas de logísticas, acabam de anunciar uma parceria que contempla uma nova operação na margem direita do local para o transporte de fertilizantes em Santos (SP). As companhias projetam transportar um volume de 500 mil toneladas de fertilizantes ao ano, com uma média de 20 vagões por dia.

Em 2024, a demanda desse tipo de produto do mercado brasileiro é estimada em US$ 35,78 bilhões e pode atingir US$ 49,68 bilhões até 2030, de acordo com a pesquisa realizada pela Mordor Intelligence. Baseado nesses dados, as empresas decidiram integrar a operação do terminal portuário STS20, controlado pela Hidrovias do Brasil, ao transporte ferroviário, da Rumo.

Hoje, o Brasil responde por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes no mundo e importa cerca de 85% do que precisa, sendo o quarto maior consumidor global de adubo, seguido apenas pela China, Índia e Estados Unidos, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O crescimento exponencial da demanda nacional, superando a oferta, tem sido suprido por importações, conforme apontam as empresas de logística.

"A velocidade do crescimento da demanda brasileira por fertilizantes tem desafiado a infraestrutura logística. Este projeto posiciona Santos como um polo estratégico para o setor, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico da região", destacou, em nota, Ricardo Cerqueira, diretor da Operação Santos da Hidrovias do Brasil.

A companhia detém quatro operações logísticas no Brasil. Uma delas é o trajeto de Itaituba-Barcarena, no Pará, que serve ao transporte e escoamento de grãos originados principalmente da região Centro-Oeste. A capacidade é de movimentar 7,2 milhões de toneladas por ano. A companhia também opera nesta região com cabotagem, com capacidade para movimentação de 6 milhões de toneladas de bauxita por ano.

Na região Sul, a empresa opera na Hidrovia Paraguai-Paraná, com capacidade de movimentar quase 6 milhões de toneladas por ano de cargas diversas, como grãos originados no Paraguai e destinados para exportação, minério de ferro originado em Corumbá e destinado a abastecer a indústria Argentina e exportação, além de fertilizantes e celulose.

A Companhia também é arrendatária da área STS20 do Porto de Santos, destinada para recebimento, armazenamento e expedição de sal e fertilizantes, com capacidade de até 3,5 milhões de toneladas por ano.

Para a Rumo, o Porto de Santos é estratégico na expansão ferroviária. "Tanto a construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso quanto os investimentos nos aumentos de capacidade e eficiência operacional da ferrovia no porto paulista focam na entrega para o escoamento de grãos e o abastecimento de fertilizantes para o agronegócio do Centro-Oeste", informou a empresa.

"A parceria com a Hidrovias do Brasil reforça a excelência no atendimento ao agro, que escoa grãos para o Porto de Santos e, cada vez mais, se beneficia com o retorno dos vagões carregados com fertilizantes que descarregam os produtos em nossos de terminais de Rondonópolis (MT) e de Rio Verde (GO)", explicou o diretor comercial da Rumo, Fabio Henkes, através de comunicado à imprensa.

Atualmente, a Rumo é a maior operadora privada de ferrovias de carga do país e administra cerca de 14 mil quilômetros entre os Estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.

Para as empresas, a operação está em sintonia com o avanço do Plano Nacional de Fertilizantes, aprovado em 2022.


Fonte: GR

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