Captação líquida dos Fiagros ficou estável em 2023, com R$ 3,8 bilhões
A captação líquida de Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros), isto é a diferença entre aportes e resgates) em 2023 ficou em R$ 3,8 bilhões, informou a Anbima. Esse valor é praticamente igual ao levantado em 2022, de R$ 3,7 bilhões.
O segundo trimestre foi o que apresentou o melhor desempenho no ano, com 46% do total ou R$ 1,7 bilhão das captações. Somente em abril, entraram R$ 962,3 milhões.
"A expressividade dos Fiagros no mercado de capitais vem crescendo rapidamente. O potencial é enorme, e a consolidação desses fundos reflete a importância do agronegócio para aem nota nossa economia", afirma Sergio Cutolo, vice-presidente da Anbima.
O executivo lembra que a CVM abriu uma consulta pública com propostas de regras específicas para os Fiagros. "Até agora essa indústria se desenvolveu de forma muito positiva com base na Resolução CVM 39, de caráter experimental, mas em breve os Fiagros poderão prosperar ainda mais com uma norma definitiva, que atenderá às particularidades desses fundos."
Entre as modalidades de fundo, os Fiagros-FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) se destacaram com aumento de 33% de um ano para o outro, para R$ 846,4 milhões. Já os Fiagro-FII (Fundos Imobiliários) e os Fiagros-FIP (Fundos de Investimento em Participações) captaram R$ 2,9 bilhões e R$ 9,9 milhões em 2023, respectivamente, na comparação com R$ 3,1 bilhões e R$ 19,2 milhões em 2022.
O patrimônio líquido dos Fiagros cresceu 72% na mesma comparação, de R$ 11,9 bilhões para R$ 20,5 bilhões. A categoria Fiagro-FII continua sendo a mais representativa, com 81,4% (R$ 16,7 bilhões) do total. Os Fiagros-FIDC respondem por 17,5% (R$ 3,6 bilhões) e os Fiagros-FIP por 1,1% (R$? 176 milhões), aproximadamente.
Nos últimos 12 meses cresceu também o número de fundos, de 51 para 86, e o número de contas, de 183 mil para 664 mil, um avanço de 263%.
Emissões
Em relação às ofertas públicas de Fiagros, o volume em 2023 foi de R$ 8,8 bilhões, o que representa um avanço de 20,8% na comparação com 2022. As emissões de cotas de Fiagros-FIIs continuaram na liderança e somaram R$ 7,2 bilhões no ano, mas o destaque foram os Fiagros-FIDCs, que saltaram mais de 143% no ano e atingiram R$ 1,6 bilhão.
Fonte: Globo Rural
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