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Agro

Pecuarista, que passou fome em Londres, prospera com esposa na produção de leite no Sul de Minas


Após obter assistência técnica, laticínio cresceu e passou de 130 litros de leite por dia para 850 litros. Pecuarista, que passou fome em Londres, prospera com esposa na produção de leite

Os custos para a produção de leite estão altos e tem muito criador desistindo da atividade, mas um casal do Sul de Minas Gerais está conseguindo lucrar no setor, graças a ajuda da assistência técnica.

O sítio de 37 hectares, em Santa Rita de Caldas, é resultado de 10 anos de dedicação e percalços pelo caminho.

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Áureo de Carvalho e Sônia Pereira nasceram no município, mas não ficaram juntos logo. Sônia era do ramo de vendas e nunca tinha pensado em se mudar da cidade para o campo. Já Áureo foi criado na roça, cuidando de vacas.

Ele sempre sonhou com uma produção independente de leite, porém não possuía propriedade para isso. Áureo decidiu, então, sair do Brasil.

O produtor morou 2 anos e meio em Londres, na Inglaterra, sem nem saber muito do idioma e chegou a passar fome. Lá, trabalhou de faxineiro a chefe de cozinha.

De volta ao Brasil, em 2010, Áureo conseguiu comprar o sítio, mas arrendou a terra para trabalhar em uma empresa de cruzeiros, por meio da qual aprendeu espanhol e foi morar um ano em Andaluzia, na Espanha. Na época, ele e Sônia eram apenas amigos. Quando engataram o relacionamento, o pecuarista decidiu que era hora de investir no sítio.

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Mudança de vida

No início, o casal criava gado de corte e tinha um pequeno rebanho leiteiro de 15 vacas, que produziam, por dia, no máximo 130 litros e as contas não fechavam. A história só mudou quando a família recebeu a visita de Rodrigo Beck, técnico do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

Hoje, são 44 vacas em fase de lactação, que produzem, por dia, quase 20 litros cada uma. O total chega a 850 litros de leite.

Uma das dicas dadas a Áureo foi o arrendamento de uma área de pasto degradado, que foi usada para o plantio com rotação de culturas, estimulando a vida no solo. Em 5 anos, o casal pôde reassumir o espaço e aumentar o plantio de milho, usado em silagem, alimento para o gado no tempo seco.

Outras técnicas foram implementadas:

piquetes rotacionados, colocando o gado em uma área diferente por dia, permitindo a recuperação do pasto;

preparação da própria silagem;

melhoramento da genética do rebanho;

ingresso em programas de inseminação artificial e transferência de embriões.

Lucro por qualidade

Áureo faz parte de uma associação de pequenos criadores da região que vendem leite para uma empresa de laticínios.

O custo de produção dele hoje é de R$1,89 por litro de leite. Em julho, recebeu R$ 2,62 por esta quantidade. O pecuarista ganha ainda uma bonificação de R$ 0,20 pela qualidade do produto.

O casal quer chegar aos mil litros de leite por dia até o fim do ano.

Saiba mais na reportagem completa no vídeo acima.

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