Centro-Sul fecha safra 2023/2024 com recorde histórico na produção de cana-de-açúcar e alta de 19%

Por Redação em 12/04/2024 às 18:24:37

As usinas do Centro-Sul do país fecharam a safra 2023/2024 com uma alta de 19,3% e um recorde histórico na produção de cana-de-açúcar. A moagem total das indústrias do setor - e que respondem por mais de 90% do que se produz no Brasil - até o fim de março chegou a 654,43 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados esta semana pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Além do ciclo passado, o volume supera o registrado na safra 2015/2016, quando foram processadas 617,7 milhões de toneladas de matéria-prima, e contribuiu para recordes também na produção de açúcar e de etanol (veja mais abaixo).

O valor vai ao encontro das expectativas de representantes do setor e tem relação com fatores como o aumento na produtividade agrícola das lavouras, com um rendimento de 87,2 toneladas de cana por hectare colhido.

Apesar disso, para a safra 2024/2025, que começa em abril, a projeção é de que haja uma queda na produção - abaixo dos 600 milhões de toneladas - devido à previsão de menos chuvas do que a média.

Moagem de cana

Das 269 usinas que contribuíram para o recorde na moagem da cana, 136 estão em São Paulo. Além de ser responsável pela maior parte da produção do Centro-Sul - 60% -, também foi o estado que mais teve aumento na moagem: foram 387,6 milhões de toneladas, 23,2% na comparação com a safra 2022/2023.

Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também registraram recordes de processamento, que variaram entre 8,74% e 17,47%.

No mapa abaixo, veja o número de usinas de cana-de-açúcar em operação no Centro-Sul do país.

Etanol e açúcar: produções recordes

Assim como a moagem de cana, os subprodutos da cana também encerraram a safra com recordes de produção.

Com 51% da destinação da matéria-prima, o etanol resultou em um volume de 33,5 bilhões de litros, 16% a mais com relação à safra anterior. O total, com prevalência do hidratado, usado diretamente como concorrente da gasolina, supera o recorde de 2019/2020, com 33,26 bilhões de litros.

Além disso, 18 usinas do Centro-Sul incrementaram esse volume com 6,26 bilhões de litros de etanol de milho, o que representa um crescimento de 41,39% e 18% do total.

"Esse volume maior de etanol permitiu uma economia significativa para os consumidores. Em especial a partir do início do segundo semestre de 2023 nós vimos as vendas de etanol avançarem e a economia do ciclo total aos consumidores foi próximo dos R$ 7 bilhões", afirma o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues.

Com cerca de 42% do mix de produção das usinas, o açúcar totalizou 42,42 milhões de toneladas, em alta de 25,7%. Até então, o recorde tinha sido registrado ciclo 2020/2021, com 38,46 milhões de toneladas.

Fonte: G1

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