Cacau renova recorde em NY e ultrapassa US$ 8 mil

Por Redação em 16/03/2024 às 07:00:26

Pela segunda sessão consecutiva, o preço do cacau bateu recorde na bolsa de Nova York. Sem chances de recuperação da oferta no curto prazo, os lotes para maio fecharam em alta de 8,28%, atingindo pela primeira vez US$ 8.018 a tonelada.

Além da quebra da safra no oeste da Ãfrica, das condições adversas de clima na região, e ainda do déficit na produção para 2023/24, os investidores se deparam com mais uma notícia positiva para os futuros do cacau.

De acordo com o Zaner Group, há relatos de que produtores do oeste africano estariam estocando grãos recém colhidos, a ponto de os volumes causarem impacto nas moagens.

"Há também relatos de que os fabricantes de chocolates estão sendo confrontados com a necessidade de aumentar os preços, reduzir o tamanho das suas barras e ainda diminuir a quantidade de cacau nos seus produtos, mas que isso leva tempo a implementar", destacou o Zaner, em relatório.

A consultoria faz coro a outros analistas ouvidos pela reportagem, e ressalta que alguma expectativa de redução nos preços do cacau pode acontecer caso haja "destruição da demanda". A perspectiva com o clima sob influência do La Ninã para o segundo semestre também pode trazer algum alívio para as cotações.

"O La Niña normalmente traz condições mais úmidas do que o normal para as regiões do interior da Ãfrica Ocidental, e isso poderia proporcionar alívio aos cacaueiros antes da colheita principal de 2024/25, desde que não traga chuvas em grandes quantidades".

O café estendeu o movimento de queda na bolsa observado nas últimas sessões. Os contratos do arábica para maio caíram 0,49% nesta sexta, para US$ 1,8295 a libra-peso.

Conforme se aproxima a colheita da safra 2024/25 no Brasil, a percepção de uma oferta maior cresce entre os agentes de mercado. Além disso, as vendas da safra estão em ritmo lento. As negociações alcançaram 11% do potencial produtivo, segundo dados divulgados pela Safras & Mercado.

De acordo com a consultoria, o percentual de vendas está bem abaixo do ideal para o período, que deveria ser de 25%. Na mesma época do ano passado, as vendas atingiam 11%.

Suco de laranja

Tentando se recuperar das baixas recentes, o suco de laranja avançou na bolsa de Nova York. Os lotes do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para maio fecharam em alta de 2,75%, para US$ 3,7045 a libra-peso.

Os papéis do açúcar demerara que vencem em maio fecharam em alta de 1,61%, a 22,12 centavos de dólar por libra-peso. Já nas negociações do algodão, os papéis com o mesmo mês de entrega subiram 0,49%, cotados a 93,94 centavos de dólar por libra-peso.


Fonte: Globo Rural

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