Algodão sobe e vai ao maior patamar desde setembro de 2022

Por Redação em 28/02/2024 às 18:50:40

A escalada nos preços do algodão na bolsa de Nova York ganhou força nesta quarta-feira (28/2), diante de movimentações técnicas, combinadas com fatores de demanda e oferta. Os contratos da pluma para maio fecharam em alta de 2,31%, US$ 1,0108 por libra-peso. Os valores não ultrapassavam a marca de US$ 1 desde setembro de 2022.

As cotações estão em uma ascendente há semanas, e já acumulam alta de 26% no ano após as indicações de que os estoques de vendas americanas estão diminuindo. A força dos fundos especulativos também deu um peso importante para as cotações, lembra Eduardo Santiago, consultor de mercado.

"Os fundos não fazem parte do comércio físico do algodão, eles apenas fazem apostas no movimento da bolsa, a fim de obter lucros. Embora eles tenham grande importância para dar liquidez ao mercado de algodão, eles também têm força para interferir e influenciar os preços de maneira contundente", explica Santiago, em relatório.

Somado a esse cenário, os incêndios florestais que atingem o norte do Texas, maior produtor dos EUA, são uma preocupação a mais para os investidores na bolsa.

"Ainda que o plantio de algodão no país esteja distante, os incêndios são um indicativo de que os solos da região estão secos", diz, em relatório, Jack Scoville, do Price Futures Group.

O analista acrescenta que as previsões meteorológicas para o Texas apontam condições predominantemente secas e temperaturas próximas do normal para a próxima semana.

Café

Os preços do café caíram em Nova York, e as indicações são para novas quedas no futuro. Os contratos do arábica para maio recuaram 0,71%, a US$ 1,8175 a libra-peso.

Vicente Zotti, sócio da Pine Agronegócios, diz que o mercado em Nova York segue volátil, porém essa oscilação perdeu força quando comparada com as movimentações do fim do ano passado. À época, o café subia 3% em uma sessão e no pregão seguinte recuava os mesmos 3%.

Ainda assim, os preços vêm cedendo, o que pode indicar um novo momento de baixa para o grão na bolsa.

"O café saiu de uma faixa de US$ 1,90 para US$ 1,80 e agora tenta se estabelecer numa média entre US$ 1,80 a US$ 1,70. Se ele realmente ficar abaixo desses valores podemos entrar no período sazonal de quedas, já que estamos próximos da colheita no Brasil", destaca.

Cacau

O cacau ampliou a desvalorização na bolsa de Nova York, com os preços tentando se afastar de patamares recordes no mercado internacional. Os contratos que vencem em maio fecharam a sessão em forte queda, de 7,14%, com o valor de US$ 5.994 por tonelada.

As altas históricas da commodity criam um cenário perfeito para os investidores embolsarem lucros. No horizonte, no entanto, seguem as perspectivas de produção menor no oeste da África, o que pode voltar a impulsionar os valores do cacau na bolsa.

Suco de laranja

Os preços do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) também fecharam a sessão em forte baixa. Os lotes com entrega para maio recuaram 5,42%, cotados a US$ 3,4895 a libra-peso.

Açúcar

Nas negociações do açúcar, a movimentação foi praticamente estável. Os lotes do demerara para maio subiram 0,04%, com os contratos precificados em 22,68 centavos de dólar por libra-peso.

Fonte: Globo Rural

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