Coamo fatura R$ 30,3 bilhões em 2023, crescimento de 7,6%

Por Redação em 16/02/2024 às 14:14:18

A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa agrícola do país, sediada em Campo Mourão (PR), encerrou 2023 com receita de R$ 30,3 bilhões, o que representou um crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior, de acordo com os resultados aprovados em assembleia geral ordinária realizada na tarde desta quinta-feira (15/2).

A sobra líquida (equivalente ao lucro) atingiu R$ 2,32 bilhões, resultado 2,9% acima do registrado em 2022. As sobras distribuídas aos cooperados serão de R$ 850 milhões, na comparação com R$ 705,7 milhões no ano anterior.

O presidente da Coamo, Airton Galinari, disse que a expectativa inicial era atingir uma receita de R$ 37 bilhões, mas a queda nos preços internacionais dos grãos afetou o faturamento, que cresceu com o aumento no recebimento de grãos. Em 2023, a Coamo recebeu 9,96 milhões de toneladas de grãos, 33,3% acima do total recebido no ano anterior.

"Nós começamos o ano passado com os preços da soja e do milho bem acima do que terminamos. Soja começou o ano a R$ 165 a saca e terminou próxima dos R$ 100", afirmou Galinari.

O presidente da Coamo ponderou que, apesar da frustração nos preços, a cooperativa conseguiu fechar o ano com margem líquida próxima a 8%.

Exportações

No ano passado, a Coamo exportou 4,87 milhões de toneladas de produtos, com crescimento de 131% em relação a 2022. Em valor, houve aumento de 88,1%, para US$ 2,23 bilhões. Esses volumes congestionaram portos com filas de navios de mais de três meses. "A Coamo teve que usar portos mais distantes para escoar a produção. Foram usados os portos de Paranaguá e Antonina [PR], São Francisco e Imbituba [SC], Rio Grande [RS] e em Santos [SP]", disse Gallassini.

No ano, a Coamo teve aumento nos custos logísticos devido à comercialização mais lenta por parte dos cooperados, por conta dos preços em queda.

A Coamo tem capacidade de armazenamento de 6 milhões de toneladas de grãos. Com os estoques altos da safra anterior, o baixo volume de fixação pelos produtores e interrupções de rodovias até o porto de Paranaguá, a Coamo teve que recorrer ao recebimento de silos bolsas, armazéns infláveis, aluguel de armazéns de terceiros, piscinas a céu aberto e moegas.

Investimentos

Em 2023, a Coamo investiu R$ 569,7 milhões, recursos aplicados na conclusão de novos entrepostos e escritórios em Campo Mourão (PR), Engenheiro Beltrão (PR), Bragantina (PR), Rio Brilhante (MS) e Ponta Porã (MS).

A cooperativa também instalou uma fábrica de ração para ruminantes e monogástricos com capacidade de 200 mil toneladas por ano, que começou a operar em setembro. A Coamo também possui três indústrias de esmagamento de soja, duas refinarias de óleo de soja, dois moinhos de trigo, uma fábrica de gorduras e margarinas, uma fiação de algodão e uma torrefadora de café.

Este ano, a cooperativa dá andamento ao plano de investir R$ 3,5 bilhões em três anos. Os recursos serão usados na instalação de uma usina de etanol de milho, em aumento da capacidade de armazenagem em 500 mil toneladas e modernização de unidades de beneficiamento.

Durante a assembleia, os cooperados também aprovaram a reeleição do engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini como presidente do conselho de administração da cooperativa.

Fonte: GR

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