Cooperativa Suinco eleva abates e espera faturar R$ 1 bilhão

Por Redação em 19/02/2024 às 12:15:39

A cooperativa Suinco, com sede em Patos de Minas (MG), foi criada em 2003 para agregar valor à produção de famílias cooperadas do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro. Pouco mais de 20 anos após sua fundação, a central se prepara para cruzar a marca de R$ 1 bilhão em vendas. Se o número se concretizar, representará um aumento de quase 25% em relação ao faturamento de 2023.

À época da inauguração do frigorífico, grandes mercados como a China não importavam carne suína brasileira, e o setor vinha enfrentando crises desde o século passado, quase sempre causadas pelo excesso de oferta do produto e pelas oscilações dos preços do milho, principal insumo da ração dos animais.

"Houve momentos em que a cadeia inteira correu risco de ficar paralisada", recorda Weber Vaz de Melo, diretor-geral de operações da Suinco, em entrevista à reportagem. Até hoje, avalia ele, é difícil ter boas margens em frigoríficos de suínos que trabalham apenas com a proteína in natura. Dos 200 produtos vendidos pela Suinco, 150 são processados.

Desde 2017, a Suinco investiu cerca de R$ 160 milhões em melhorias. Para manter o ritmo de crescimento, a cooperativa está agora investindo novamente para ampliar sua capacidade de abate e processamento, que pode subir paulatinamente de 2,15 mil cabeças para 3,17 mil cabeças por dia, respondendo à demanda.

Hoje, cerca de 90% dos produtos fabricados pela empresa ficam no mercado interno e 10% são exportados. Apesar do foco maior na demanda doméstica, Melo afirma que a planta tem condições de exportar a qualquer país do mundo. Havia planos de expandir as vendas para o Leste Europeu, mas a guerra entre Rússia e Ucrânia acabou inviabilizando a abertura desses mercados.

A cooperativa vende os produtos com a marca Suinco principalmente nos Estados do Sudeste e Nordeste, com 16 mil clientes ativos. Uma meta agora é expandir os negócios no Centro-Oeste e Norte e em São Paulo, principal centro consumidor de proteínas, o que vai requerer um esforço maior para firmar as vendas.

Oferta para isso não vai faltar, diz o diretor-geral, já que a produção de suínos dos cooperados excede o volume processado, sendo negociado também com outras empresas. "Queremos estar no Brasil inteiro. Em Mato Grosso, onde se come basicamente carne bovina, entraremos com a cara e coragem, e vamos ensinar a comer suínos também", afirma.


Fonte: Globo Rural

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