Exportações do agro somaram US$ 13,7 bilhões em setembro

Por Redação em 14/10/2023 às 11:10:20

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 13,7 bilhões em setembro de 2023, e praticamente mantiveram o patamar registrado no mesmo mês do ano passado. Os destaques da pauta no mercado externo foram a soja em grãos, milho e açúcar. Já os embarques de carnes diminuíram no período.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, o resultado de setembro foi fortemente influenciado pelo recuo do índice de preços dos produtos exportados, que caiu 10,4%. Mesmo assim, a safra recorde de grãos em 2022/23 possibilitou incremento no volume embarcado pelo Brasil no período, de 11,7%, o que sustentou o faturamento das exportações do agro.

Com isso, a participação do setor nas exportações totais do Brasil subiu de 47,9% para 48,2% em setembro.

As importações de produtos do agronegócio recuaram 17,7% no mês passado, para US$ 1,32 bilhão. A aquisição de insumos, que não entra na conta para o saldo da balança do setor, também caiu. O Brasil importou quase 40% a menos de fertilizantes e 32,2% a menos de defensivos agrícolas. Por outro lado, cresceu a compra de produtos para nutrição animal (61,3%) e de máquinas e implementos agrícolas (21,7%).

As exportações de soja em grãos atingiram volume recorde para os meses de setembro, com 6,4 milhões de toneladas, segundo a Pasta, quase 60% a mais que a quantidade exportada no mesmo mês do ano passado. As vendas alcançaram US$ 3,3 bilhões, com alta de 31,8%. A China comprou praticamente 80% do produto embarcado pelo país no período.

O faturamento com as exportações de milho aumentou 10,2%, para US$ 1,98 bilhão. Foram embarcadas 8,7 milhões de toneladas no mês passado, alta de 36,4% na comparação com setembro de 2022. A China também se tornou o principal mercado importador do cereal brasileiro. No período, o país asiático comprou US$ 724,6 milhões, mais de 36% do total exportado pelo Brasil.

"Os preços internacionais do açúcar continuaram elevados em setembro, devido ao déficit hídrico registrado nas lavouras asiáticas e preocupações com uma possível quebra de safra", diz a nota do Ministério da Agricultura. Com isso, as exportações de açúcar brasileiro subiram quase 30%, para para US$ 1,60 bilhão.

Carnes

As vendas externas de carnes brasileiras diminuíram 19,2% em setembro, para US$ 1,96 bilhão, com a baixa de 0,9% no volume exportado e de 18,4% no preço médio de exportação.

As exportações de carne bovina recuaram 26,4%, para US$ 970,07 bilhões. O volume vendido caiu 4,4%, mas o preço despencou 23%. A China continua sendo o principal país importador da proteína in natura, embora as compras tenham diminuído mais de 30% em termos de valor e 3,2% em volume.

No caso da carne de frango, houve queda de 12,5% na receita das exportações na comparação entre os meses de setembro de 2022 e de 2023, com o valor exportado ficando em US$ 708,36 milhões. O volume exportado, no entanto, subiu 1,2%, atingindo 388,34 mil toneladas. O resultado é explicado pela queda de 13,5% no preço médio do produto embarcado.

Já as exportações de carne suína recuaram 0,4% e ficaram em US$ 240,55 milhões. A China pisou no freio e comprou menos da metade do que havia importado em setembro de 2022, com negócios de US$ 56,74 milhões agora.

"A queda das exportações para a China ocorreu devido à recuperação da produção de carne suína na China. No auge da crise de Peste Suína Africana – PSA, no ano de 2020, a produção chinesa de carne suína retrocedeu para 36,3 milhões de toneladas. Já neste ano de 2023 a produção estimada é de 56,0 milhões de toneladas. Para efeito de comparação, a produção brasileira de carne suína não deve suplantar 4,5 milhões de toneladas em 2023", disse a secretaria, em nota.

Entre janeiro e setembro de 2023, as vendas externas do agronegócio brasileiro somam US$ 126,22 bilhões. O valor é recorde e representa um crescimento de 3,6% na comparação com o mesmo período em 2022 (US$ 121,87 bilhões). As vendas de soja em grãos e milho foram os produtos que mais contribuíram para o desempenho favorável no acumulado do ano. O ministério não informou a quantidade exportada nos períodos comparados.


Fonte: Globo Rural

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