Após uma série de altas, o preço da soja fechou a semana em seu valor mais alto no ano, aponta o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A referência com base no porto de Paranaguá (PR) chegou, na sexta-feira (11/4), a R$ 137,89, alta de 0,39%. Desde o início do mês, a alta é de 4,31%.
A guerra tarifária entre Estados Unidos e China está levando a um redirecionamento de demanda para a soja do Brasil. De acordo com analistas de mercado, aumentou o número de navios com o grão brasileiro destinado ao mercado chinês, já que as margens de processamento da indústria local também estão favoráveis.
O movimento da sexta-feira acompanhou também a nova alta no mercado internacional de soja. Na bolsa de Chicago, o contrato para maio ajustou para US$ 10,42 o bushel, alta de 1,34% ou de US$ 0,1375. O vencimento de julho subiu 1,57%, ou US$ 0,1625 e fechou em US$ 10,53 o bushel.
A valorização acontece apesar do avanço positivo na colheita brasileira e a da entrada de grão de safra nova no mercado. Até o momento, boletim da Pátria Agronegócios indica que o total colhido no Brasil em 2025 alcança 89,09% da área. Em 2024, eram 85,13%; em 2023, 86,29%; e na média dos últimos 5 anos, de 88,90% para este mesmo período do ano.
Nas outras praças do país, levantamento da Scot Consultoria aponta saca de soja a R$ 123 em Luís Eduardo Magalhães (BA); R$ 122 em Rio Verde (GO); R$ 119 em Balsas (MA); R$ 121 no Triângulo Mineiro e R$ 123,50 em Dourados (MS). Nos portos, a soja é cotada a R$ 136,50 em Santos (SP) e R$ 139 em Rio Grande (RS).
Fonte: GR