À medida que aumenta o otimismo com a produção de soja na América do Sul, o preço vai perdendo força na bolsa de Chicago. Na sessão desta sexta-feira (13/12), os contratos para janeiro fecharam em queda de 0,75%, negociados a US$ 9,8825 o bushel.
"O mercado ainda está refletindo os números de produção da Conab, com uma possível safra recorde no Brasil, de 166 milhões de toneladas. Somado a isso, temos previsões muito boas para a colheita nos Estados Unidos, ou seja, os dois principais países produtores com safras muito grandes", observa Ale Delara, sócio da Pine Agronegócios.
Ele também lembra que as projeções com a produção na Argentina são otimistas. A Bolsa do Comércio de Rosário (BCR) espera uma oferta entre 53 milhões e 53,5 milhões de toneladas. A BCR destaca que há otimismo com a safra no país devido às chuvas registradas em novembro.
"Existe um aumento de demanda nesse momento mas que é menor se comparado ao potencial de oferta, por isso há uma tendência de queda para a soja em alguns elos, como nos prêmios de exportação e no custo do frete", afirma Delara.
Os contratos futuros do trigo fecharam a sessão em baixa diante da baixa competitividade pelo trigo americano. Os lotes para março recuaram 1,12%, para US$ 5,5225 o bushel.
A valorização do dólar em relação ao euro faz compradores internacionais migrarem suas compras de trigo americano para outras origens, como a França, por exemplo.
Com o produto dos EUA "relativamente caro", a demanda perdeu força. O saldo líquido das vendas no país diminuiu 23,2% na semana passada, com a negociação de 290,2 mil toneladas, segundo o Departamento de Agricultura americano (USDA).
Por fim, nos negócios do milho na bolsa americana, os preços fecharam em leve queda. Os papéis para março caíram 0,34%, a US$ 4,42 o bushel.
Fonte: GR