Preço do café sobe no mercado interno, mas não estimula negócios

Por Redação em 29/09/2024 às 10:43:41

O preço do café subiu nos últimos dias, mas não foi o suficiente para estimular negócios no mercado físico brasileiro, avalia o Escritório Carvalhaes. Os valores oferecidos aos produtores ainda apresentavam deságios superiores aos usuais em relação às cotações na bolsa de Nova York, e os volumes comercializados ficaram abaixo do que se costuma ver nesta época do ano.

"Nas bases oferecidas pelos compradores, não houve interesse vendedor", destaca a empresa, em boletim semanal de mercados. Acompanhando o movimento da bolsa, os preços do café no mercado físico subiram até a última quinta-feira. Na sexta, caíram, pressionados por Nova York e pela baixa do dólar em relação ao real.

Na sexta-feira, o contrato de arábica com entrega em dezembro de 2024 caiu 1,73% e fechou a US$ 2,69 por libra-peso. O vencimento março de 2025 caiu 1,78% e ajustou para US$ 2,66 por libra. O dia na bolsa foi de realização de lucros das altas das sessões anteriores, com os operadores do mercado internacional ainda atentos às condições climáticas no Brasil e seus possíveis efeitos sobre a próxima safra.

Levantamento do Valor Data, com base no contrato de segunda posição no painel da bolsa, atualmente o de março de 2025, indica uma valorização de 7,34% da commodity na semana e de 9,36% no mês. Nos últimos 12 meses, o preço do arábica subiu mais de 77% no mercado internacional.

Para o Escritório Carvalhaes, não há mudanças nos fundamentos, que seguem apontando para aumento dos preços internacionais do café. Segundo a empresa, as chuvas previstas para regiões produtoras devem servir apenas para aliviar as perdas já causadas pelo tempo mais quente e seco sobre os cafezais.

"A partir do início do período chuvoso, será preciso acompanhar o ciclo das chuvas e as temperaturas médias no decorrer da primavera e verão, para então, a partir de março, nossos agrônomos avaliarem, com segurança maior, o tamanho das perdas na produção brasileira de café em 2025", ressalta o boletim.

Neste cenário, um cereja descascado de bom preparo foi negociado no mercado brasileiro entre R$ 1.570 e R$ 1.650 a saca de 60 quilos. O café classificado como fino a extrafino, das regiões da Mogiana Paulista e de Minas, valia de R$ 1.560 a R$ 1.600 a saca. Um café de bebida mais dura, mas bem preparado, saía de R$ 1.530 a R4 1.560 a saca. Já um grão mais fraco de xícara valia de R$ 1.450 a R$ 1.480.

Café robusta

Na bolsa de Londres, o contrato do robusta para novembro de 2024 acompanhou a tendência da bolsa americana e cedeu US$ 45 na sexta-feira. Fechou a US$ 5.847 a tonelada. Para janeiro de 2025, a queda foi de US$ 39, com a cotação ajustando para US$ 5.203. Março de 2025 encerrou a sessão a US$ 4.983 a tonelada, queda de US$ 46.

Assim como no mercado de arábica, o movimento de sexta-feira não impediu o robusta de acumular valorização nos últimos dias. Segundo o Valor Data, a semana terminou com alta de 2,85%, com base na segunda posição (janeiro de 2025). No mês, a cotação subiu 1,5% e, desde o início do ano, 83,14%.

No mercado brasileiro, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com base no conilon do Espírito Santo, principal produtor da variedade no Brasil, caiu 1,86% na sexta-feira, para R$ 1.504,58 a saca de 60 quilo. No acumulado do mês, a referência tem alta de 1,31%.

Na cooperativa Cooabriel, em São Gabriel da Palha (ES), um conilon tipo 7 com até 13% de umidade e 10% de broca vale R$ 1.480 a saca. No dia 2 de setembro, a cotação era de R$ 1.400 a saca. Um conilon tipo 8 com as mesmas proporções, é cotado a R$ 1.470. Dia 2 de setembro, valia R$ 1.390.


Fonte: GR

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