Fraudes em alimentos são comuns. Adulterar ingredientes de produtos não são um risco apenas para a relação de consumo, mas pode tembém trazer riscos à segurança e à saúde da população. Entre os métodos mais comuns, estão diluir suco puro em água, incluir açúcar os vinhos, misturar grãos saudáveis com impróprios, ou vários tipos de farinha na embalagem que deveria ser de apenas um tipo sem informar devidamente sobre a mistura na embalagem.
Levantamento feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a pedido da Globo Rural, listou as fraudes mais comuns em produtos de origem vegetal em 2024 no Brasil. O destaque é o azeite de oliva. Desde o início do ano, operações de fiscalização apreenderam mais de 100 mil litros com ingredientes adulterados, principalmente com a substituição da matéria-prima por outros óleos, corantes e aditivos, ferindo a legislação brasileira.
O levantamento do Ministério da Agricultura inclui entre os produtos mais comumente fraudados o café, farinha de mandioca, feijão, água de coco, vinho e suco. Saiba como esses alimentos são adulterados, de acordo com o governo federal.
Fraude mais comum: substituição por outros óleos, corantes e aditivos. Quantidade em 2024: 98.425 litros.
Em março, o Ministério da Agricultura deflagrou a "Operação Getsêmani" contra um esquema ilícito envolvendo importação, adulteração, embalagem, rotulagem e comercialização clandestina de azeite de oliva em Saquarema (RJ), São Paulo, Recife e Natal. Foram apreendidos 104 mil litros, resultando em um prejuízo de R$ 8 milhões.
Em outra ocorrência, realizada em abril, o Ministério da Agricultura anunciou a devolução de uma carga de 20,4 mil litros de azeite de oliva falsificados à Argentina, o país de origem, durante interceptação em Foz do Iguaçu (PR).
Também em 2024, após identificar materiais estranhos e impurezas no café durante a "Operação Valoriza", coordenada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, o Governo solicitou a retirada de 19 marcas do comércio.
As maiores apreensões neste ano ocorreram em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. No entanto, outros 13 Estados também registraram ocorrências entre janeiro e agosto.
De acordo com o Ministério da Agricultura, é preciso seguir quatro recomendações para evitar prejuízos financeiros e também de saúde: desconfiar de preços muito abaixo do mercado, dar preferência a produtos com o registro do Mapa no rótulo, optar por mercadorias com produção recente e observar a data de fabricação, a origem e o local da produção.
Em caso de dúvida, a recomendação é fazer uma denúncia ao órgão em caso de dúvida a respeito da qualidade do produto adquirido. Neste caso, deve-se enviar informações, imagens do rótulo e o local em que a compra foi realizada.
Fonte: GR