O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) atingiu média de 120,4 pontos em maio, a terceira alta mensal consecutiva e um aumento de 0,9% em relação ao mês anterior. Na comparação com maio de 2023, o índice caiu 3,4%.
O destaque do último mês foram as cotações dos cereais, que se valorizaram 6,3% em relação a abril, impulsionado pelo aumento dos preços globais de exportação de trigo.
Segundo a FAO, os cereais avançaram refletindo preocupações crescentes sobre as condições desfavoráveis ??das culturas nas principais áreas produtoras, incluindo partes da América do Norte, Europa e região do Mar Negro, em países como Ucrânia e Rússia.
Os valores do milho também subiram após as revisões na safra da Argentina, após ataques da cigarrinha, ao clima ruim no Brasil. A valorização do trigo também puxou a alta do milho.
O Índice de Preços dos Laticínios da FAO aumentou 1,8% em relação a abril, diante das expectativas do mercado de que a produção de leite na Europa Ocidental possa cair abaixo dos níveis históricos.
Pelo lado das quedas, a organização apontou recuo de 7,5% nos valores do açúcar. A queda se deu principalmente pela pressão do bom início da nova temporada de colheita no Brasil.
Sobre os óleos vegetais, a FAO apontou queda de 7,5%.
"As cotações mais baixas do óleo de palma devido aos aumentos sazonais da produção e à fraca procura global mais do que compensaram os preços mais elevados do óleo de soja, devido ao aumento da procura do setor dos biocombustíveis", disse a FAO.
Por fim, sobre o índice de preços das carnes, houve leve redução, de 0,2%, à medida que os preços internacionais das carnes de aves e de bovinos caíram, enquanto os das carnes de suínos e ovinos aumentaram.
Fonte: Globo Rural