Calendário da feira: novembro tem melão, manga, pepino, abobrinha e mais

Por Redação em 09/11/2021 às 06:55:25

Veja como escolher e armazenar cada fruta e legumes. Descubra quais itens estarão mais em conta no supermercado. O mês de novembro tem uma grande variedade de frutas refrescantes para o verão, como melão, manga, abacaxi, melancia, entre outras.

Já entre os legumes, o pepino e a abobrinha estão saindo com boa qualidade e em alta quantidade das lavouras, abastecendo bem mercados e feiras, com reflexo em queda de preços.

Na série Calendário da Feira, o g1 mostra, todo mês, quais alimentos estão na safra e, por isso, podem ficar mais em conta.


Calendário da feira: veja as frutas que estão em safra — Foto: Arte/G1
Calendário da feira: veja as frutas que estão em safra



Calendário da feira: veja os legumes que estão em safra — Foto: Foto: Arte/G1
Calendário da feira: veja os legumes que estão em safra


Melão


Melão lidera pauta de exportações do Rio Grande do Norte — Foto: Fred Veras/Sebrae
Melão lidera pauta de exportações do Rio Grande do Norte


O melão é uma das frutas que está no auge da safra em novembro. E no Rio Grande do Norte, onde está a maior produção do país, nenhum problema climático atingiu o campo, o que tem garantido frutas de qualidade aos consumidores.

"Ocorreu tudo dentro da normalidade e a quantidade da safra está parecida com a do ano passado, em estabilidade", conta o diretor institucional da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos.

Além de ser consumido como produto de mesa, o melão pode ser usado para preparar saladas de frutas, sucos e fazer receitas de doces em conserva.

Auge da safra: setembro a janeiro.

Como comprar: dê preferência aos de casca firme, cor viva, sem rachaduras ou partes moles. Para ser consumido, o ideal é que ceda à pressão dos dedos.

Como conservar: na geladeira, conserva-se por até duas semanas, quando em boas condições.

Manga


No campo, o cultivo da manga vai bem, mas os produtores estão vendendo a fruta abaixo do seu custo de produção, o que nem sempre chega para o consumidor. — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
No campo, o cultivo da manga vai bem, mas os produtores estão vendendo a fruta abaixo do seu custo de produção, o que nem sempre chega para o consumidor.


O pico de oferta da manga ocorre entre outubro e dezembro, pois é nesses meses em que há um encontro das safras das duas variedades mais consumidas no país: a palmer e a tommy, segundo dados da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

Enquanto a manga palmer começa a entrar no mercado em setembro e vai até dezembro, a tommy inicia o seu período de maior oferta em outubro e segue até fevereiro.

A diferença entre elas está, basicamente, no sabor, formato e na quantidade de fibras. A palmer é mais doce, de formato mais alongado e tem mais fibras do que a tommy, que é um pouco mais arredondada.

No campo, o cultivo ocorre bem, mas os produtores estão vendendo a fruta abaixo do seu custo de produção, o que nem sempre chega para o consumidor.

"Geralmente, os supermercados não repassam essa baixa para o preço final. São poucos os que fazem", diz Paulo Dantas, diretor da Agrodan, em Pernambuco, maior produtora e exportadora da fruta no Brasil.

Auge da safra: outubro a dezembro.

Como comprar: escolhas as mangas firmes, limpas e sem sinais de apodrecimento.

Como conservar: em local fresco e seco, tem durabilidade de até 5 dias. Na geladeira, quando não muito maduras, por até 2 semanas.

Pepino


Pepino — Foto: Louis Hansel/Unplash
Pepino


O pepino se dá muito bem em períodos mais quentes e, por isso, a sua safra cheia vai de outubro a março, sendo bastante utilizado no preparo de saladas durante o verão ou até mesmo em conservas.

Neste momento, o cultivo do legume está indo muito bem no campo, o que tem garantido uma oferta grande a supermercados e feiras, com reflexo em queda de preços, conta o engenheiro agrônomo Eduardo Guimarães, do Sítio do Moinho Alimentos Orgânicos (RJ).

Segundo a prévia da inflação de outubro, o preço do pepino já recuou 9,6% no mês passado em relação a setembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Auge da safra: inicia em setembro, mas pico vai de outubro a março.

Como comprar: prefira os bem firmes.

Como conservar: na geladeira por até 7 dias.

Abobrinha


Abobrinha marinada feita pela gastrônoma Juliana Straub — Foto: Juliana Straub
Abobrinha marinada feita pela gastrônoma Juliana Straub


A oferta de abobrinha atinge o seu pico em novembro e costuma ter uma boa oferta entre os meses de setembro a abril.

Enquanto o período forte da safra da abobrinha italiana vai de setembro a novembro, a da brasileira se estende de novembro a abril.

Assim como no caso do pepino, as abobrinhas estão saindo com alta qualidade das lavouras neste momento, segundo Guimarães, Sítio do Moinho.

E, na prévia da inflação de outubro, o preço do legume já caiu 23% em relação a setembro.

Auge da safra: novembro é o pico, mas há uma boa oferta de setembro a abril.

Como comprar: prefira as de casca firme, lisa, lustrosa e macia. As abobrinhas devem parecer pesadas em relação ao tamanho.

Como conservar: na geladeira, em sacos plásticos e sem lavar, por até sete dias.

Por que consumir alimentos da safra?


Corpo precisa de nutrientes e vitaminas encontrados principalmente em alimentos como frutas, legumes e verduras. — Foto: Divulgação
Corpo precisa de nutrientes e vitaminas encontrados principalmente em alimentos como frutas, legumes e verduras.


Com a modernização das técnicas agrícolas, hoje já é possível encontrar uma grande variedade de frutas, legumes e verduras o ano inteiro nos mercados e nas feiras.

Porém, consumir produtos de época pode ser uma opção mais barata e saudável.

Com o crescimento da oferta nos períodos de safra, a tendência é os preços caírem. Mas isso nem sempre é uma regra. Como a produção de hortaliças depende muito de fatores climáticos, qualquer mudança muito intensa na temperatura, por exemplo, pode impactar a oferta.

Além disso, o consumo de alimentos de época tende a ser mais saudável, pelo menor uso de agrotóxicos em seu cultivo.

"Para terem um bom desenvolvimento fora do seu ciclo natural de produção, é necessário uma intervenção mais intensa de químicos durante o preparo do solo, por exemplo", ressalta Lígia dos Santos, do São Camilo.

Outra razão é que quando estão em seu ciclo natural de produção, sem a necessidade de tanto uso de agrotóxico, os alimentos ficam com o seu sabor natural mais acentuado.

Fonte: G1

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